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quinta-feira, 8 de maio de 2014

As Vantagens de Ser Invisível - Nós poderemos ser heróis, apenas por um dia ♫

Nota: 5/5
Favorito

As vantagens de ser invisível nos leva ao mundo de Charlie, um adolescente que escreve suas aventuras e desventuras, na escola e fora dela, em forma de cartas para um leitor desconhecido, narrando os seus sentimentos, relações, esperanças, medos e descobertas de forma engraçada, simples e inocente.
Com leveza nos faz adentrar em um jogo próprio, em suas dificuldades, seus altos e baixos, e através de seus olhos nos mostra as suas relações com seus pais, seus irmãos, seu professor e seus novos melhores amigos, Sam e Patrick.
Com foco nas percepções de Charlie e suas relações, Stephen Chbosky desenvolve uma história engraçada, cativante, reflexiva e emocionante. Um livro forte e existencialista.
Confesso que como potterhead, conheci primeiro o filme por causa da Emma Watson, e com o Ezra Miller (atuação sublime em Precisamos falar sobre o Kevin) e o Logan Lerman (meio-sangue aqui), fiquei ainda mais intrigada para assistir. Sabendo que era uma adaptação fiquei receosa em ver antes de ler o livro, porém acabei cedendo a curiosidade e passei o ano novo assistindo ao filme. Adorei. Coloquei o livro na minha lista, e na primeira oportunidade comprei. Demorei para ler, justamente por causa do filme, mas quando o fiz, novamente não me arrependi.
Logo ao conhecer Charlie percebemos seu diferencial. Ele é inocente, doce, puro, tem dificuldade em se relacionar, e é depressivo e solitário. Com o passar da história vamos conhecer as raízes da personalidade de Charlie, e também percebemos sua evolução. E tudo começa com a sua amizade com Sam e Patrick. Ele se torna infinito ao compartilhar suas emoções, ao se permitir a troca de experiências, se apaixona e se abre às possibilidades.
Com seu professor adentra no maravilhoso mundo da leitura, que nos leva a lugares desconhecidos, nos surpreende, fascina e ensina. Os livros têm um papel importante na vida de Charlie. Tem como não se identificar?
E com a evolução das relações na escola, percebemos também que ele evolui no relacionamento familiar, mostrando como todas as áreas da vida se conectam e como a auto-estima tem um papel importante nas nossas vidas.
Eu particularmente gosto da narração em primeira pessoa, pois ela nos permite, quando bem-sucedida, uma conexão maior com o personagem principal, uma identificação profunda, que nos faz refletir e comparar com a nossa própria história. Nos emociona e encanta de uma forma única. E é assim com As vantagens de ser invisível, um livro sensitivo e perceptivo. Uma história pesada, contada de forma leve pela pessoa mais inocente que “conheci”. E mesmo sabendo o final, me senti despreparada e emocionada quando cheguei as páginas finais.

Um livro curto, de leitura rápida, mas que em 224 páginas me fez rir, chorar, e sentir toda a desesperança e todo o amor do mundo. Profundo, apaixonante, infinito. Como Charlie, Sam e Patrick (aliás, não há um elenco mais perfeito para esse livro que o escolhido). Como é se sentir na pele de outra pessoa? Leia e descubra.


♫ Embora nada, nos mantenha juntos
Poderíamos roubar tempo, apenas por um dia
Nós podemos ser heróis, para todo o sempre
O que quer dizer? ♫
David Bowie ;)

Princesa Mecânica: Amor, amizade e oceanos!



Nota: 5/5 
Favorito


Cassandra Clare é uma das melhoras autoras desse novo gênero sobrenatural teen. Desde Cidade dos Ossos, eu me apaixonei por suas palavras, seu ritmo fluído e seus personagens cativantes. É bem verdade, que ela é psicopata gosta de fazer os leitores sofrerem com finais bombásticos e reviravoltas. Mas esse é um dos diferenciais. Adoro autores que não tem medo de ousar em seus livros.
O final de Príncipe Mecânico destruiu meu coração, estilhaçou. Então, protelei um pouco para ler esse final da trilogia, sabia que ia chorar e foi tiro e queda!
“Continuação de Príncipe mecânico, “Princesa Mecânica” é ambientado no universo dos Caçadores de sombras, também explorado na série Os Instrumentos mortais, que chega agora ao cinema. Neste volume, o mistério sobre Tessa Gray e o Magistrado continua. Mas enquanto luta para descobrir mais sobre o próprio passado, a moça se envolve cada vez mais num triângulo amoroso que pode trazer consequências nefastas para ela, seu noivo, seu verdadeiro amor e os habitantes do Submundo.
Tessa e Jem irão se casar e Will está destroçado assim como eu, porém o amor por seu parabatai não o permite interferir na felicidade de seu melhor amigo.
Muito se disse sobre esse triângulo amoroso. Sobre Tessa e Will e Jem e Tessa, mas o maior ‘casal’ é formado pelos parabatai. Um amor lindo, puro, que cresceu na escuridão para ambos, quando se viam sozinhos. Will construiu barreiras aparentemente intransponíveis e Jem com sua doença fatal. O doce menino e o frio egoísta. A Bela e a Fera.
A construção dessa amizade e a eminência de um fim trágico foram escritos em primazia por Cassandra, foi angustiante acompanhar o sofrimento dos três garotos. Cada palavra não dita, cada olhar desviado, cada pensamento posto de lado, cada livro não enviado.
As aventuras contra Mortmain foram interessantes, mas teve um papel secundário para mim. Claro, que foi a luta contra o Magistrado que trouxe as revelações sobre os caçadores, as descobertas sobre a identidade de Tessa, a sua importância, as ligações entre os outros caçadores, o Conselho, os relacionamentos, mas o principal foi o desenvolvimento dos personagens, o que é um trunfo da autora.
Gosto de personagens femininas fortes, que não são mocinhas em perigo esperando pelo cavaleiro com a armadura de bronze para salvá-las. Não, elas enfrentam suas batalhas, seus medos, e não dependem de ninguém, além delas mesmas. E é por isso que destaco aqui Charlotte, Tessa e Cecily Herondale.
Charlotte como a líder do Instituto de Londres nunca se deixou abater pelo machismo e o preconceito em relação às suas ações, sempre ativa, disposta, foi leal aos seus ideais, lutou por seus amigos, e não se deixou vencer pelo desacreditamento dos homens em sua volta. Tessa, desde a bravura com a sombrinha, sempre foi protagonista de sua história, não deixou ninguém tomar o seu lugar de pertencimento, buscou por sua identidade e se colocou à frente da batalha. Cecily, assim como seu irmão, saiu de casa, com um propósito diferente, claro, mas ao longo do caminho se reconheceu como uma lutadora e não teve medo de se empoderar da nova identidade de caçadora de sombras. Enfrentou homens de igual a igual e não tinha medo de falar o que pensava.
Também tenho que citar os pareamentos surpreendentes como o de Henry e Magnus. Sei que o bruxo é um dos personagens favoritos da maioria que li as duas séries (definitivamente é um dos meus) e junto à Henry formou uma das amizades mais improváveis e mais gostosas do universo literário in my opinion.
A mitologia sombria e vitoriana chegou ao fim com o cuidado de amarrar todas as pontas soltas deixadas pelos livros anteriores e conectar os acontecimentos com os da série-mãe. O amor dos moradores do instituto, de Tessa, Jem e Will, a amizade e a lealdade improváveis e por isso mágicas, e o oceano de lágrimas que inundou o meu quarto ao terminar esse livro. Ressaca literária é o termo mais adequado para esse nó na garganta que sinto com saudades desses personagens, dessa história incrível!



P.S.: Sophie e Gideon muito fofos!