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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Resenha: Forbbidden de Tabitha Suzuma


Advertência: Prepare-se para chorar e muito, esse livro causa fortes emoções! 
Lochan e Maya são irmãos. Mas estão apaixonados. Isso mesmo, apesar de serem filhos dos mesmos pai e mãe, eles se apaixonam. Como mais velhos, os dois são como pais de seus irmãos mais novos, Kit, Tiffin e Willa. Com um pai que os abandonou e uma mãe alcoólatra que raramente está presente, os dois sempre seguram as pontas em casa. Lochan é muito inteligente, mas extremamente tímido, tem fobia das pessoas, o que o atrapalha socialmente. Ele vê em Maya, mais que uma irmã, e ela também o vê assim, como sua alma gêmea como a própria fala. Mas em uma sociedade que o incesto é considerado repugnante, e além do mais é crime, como os dois podem viver o seu amor, sem sentirem que são doentes por isso? Como mostrar para os outros que o que eles veem como monstruoso é para eles algo natural e lindo? (A própria Maya se pergunta isso no livro). Quando li a sinopse achei raro, afinal quantos livros você já leu que fala do amor de dois irmãos? E quando digo amor, não digo o fraternal, não, amor de homem e mulher, paixão. Eu mesma nunca li algo assim. Por isso fiquei logo intrigada. E quanto mais eu lia mais interessada ficava. A autora consegue passar o incesto como algo normal. Eu sei parece repugnante, mas como ela até cita no livro, Freud dizia que o incesto é um tabu, criado socialmente, e que como aprendi em Antropologia, na pré-história era completamente natural o casamento entre irmãos, aliás foi o primeiro tipo de família. Mas depois foi criada a exogamia que é o casamente fora, com mulheres de outros seios familiares, e com isso foi criado um tabu. E esse tabu ficou mais forte com o passar do tempo, a igreja o pegou para si, o condenou e o tornou cada vez mais inaceitável. E hoje crescemos aprendendo a enojar o incesto. Eu enojo o incesto, não serei hipócrita. É estranho e repugnante pensar em ficar com o irmão. Porém, e no caso de Lochan e Maya? Ela mesma confessa que ao pensar em Kit como algo além de irmão se sente doente, mas que com Lochan é diferente porque nunca o sentiu como irmão, sempre o viu além disso. Como se sentir a respeito? Eu confesso que no começo fiquei confusa, mas depois já não sentia nenhum asco ao pensar neles juntos, pelo contrário, achava lindo o amor dos dois. É um livro audacioso, o tema não é fácil de lidar, e como já disse a Tabitha faz dele algo normal entre os dois, é um amor, e nós torcemos por esse amor, torcemos para que os dois fiquem juntos, mesmo sendo irmãos. Nos faz pensar que o amor é algo sem barreiras, nem culturais, nem biológicas, nem religiosas, nem legais, nem nada. O amor é algo muito além de qualquer limite. Me marcou.Não é um desses livros bestas, ou que só servem pra entreter, tem uma história forte, que explora o máximo das nossas emoções. Que te faz refletir, chorar, rir, se enojar, ele dói, te deixa depressivo, mas vale completamente a pena cada lágrima, cada trauma que esse livro traz. Acho que todos devem ler livros assim, que nos tira um pouco a alienação, que nos mostra algo além do clichê, algo fora do padrão. É quase um estilo cult, é um daqueles livros que parecem iguais e acabam sendo totalmente diferentes. Vai além do inimaginável. Será que exagero? Talvez, mas esse livro me deixou marcas, e se tornou meu favorito, e como todo apaixonado, fiquei boba, então posso sim superestimá-lo. Se ele causa uma opinião diferente em outras pessoas, acho que é totalmente compreensível, afinal é o que causa livros assim, controvérsia. 

P.S.; Quando eu penso nesse livro, eu penso na música Vento no Litoral, na versão que o Renato Russo canta com a Cássia Eller, aliás, foi terminar o livro que eu fui correndo escutar a música, e acho que é perfeita pra ele, para mim éa trilha de Maya e Lochan.

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