Nota: 4/5
Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor na
casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de
que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o
fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um
"tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória,
agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não
parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa
negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu
antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado
a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais
felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um
homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.
Tanto o filme de David O. Russell e o
livro do Matthew Quick me encantaram. Assisti ao filme primeiro e se tornou um
dos meus filmes favoritos, torci muito por ele no Oscar mesmo sabendo que não
tinha chances, o mesmo com o Bradley Cooper, e fiquei muito feliz ao ver a
Jennifer Lawrence ganhando a estatueta, o que foi totalmente merecido, pois não
consigo imaginar melhores atores para interpretar Pat e Tiffany.
Lendo o livro, associava inevitavelmente
com o filme, e sempre percebendo que os dois foram impecáveis em suas
interpretações, captaram perfeitamente a essência dos personagens, suas
loucuras, neuroses, anseios, temores, paixões. Fui percebendo as diferenças e
ao contrário do que ocorre com outras adaptações (como Percy Jackson que me deu
muita raiva) não fiquei chateada, nem decepcionada ao ver que o diretor do
filme fez de forma diferente, pois fui percebendo que aquela cena cabia no
livro, mas no filme foi preciso fazer de outra forma, e ele conseguiu mudar sem
se desvincular do livro.
No papel a história é mais crua, vamos
viajando na mente do Pat e descobrindo certas emoções e fatos junto com ele.
Rimos, choramos. Vamos percebendo sua inocência e seu otimismo como forma de
fuga da realidade. Nos compadecemos desse personagem tão encantador que só
deseja o fim do tempo separados, e que só quer saber do lado bom da vida.
Enquanto no filme, é destacado sua relação
com Tiffany e sua obsessão com Nikki, no livro é colocado em destaque, além de
Nikki, as relações de Pat no geral com seu pai, sua mãe, seu irmão, seu
terapeuta, seu melhor amigo, e claro com Tiffany. Matthew vai mostrando os
avanços que Pat faz nessas situações e como ele lida com seus problemas e suas
limitações. Conhecemos e aprendemos com outros personagens também, como o sr. e
sra. People, com Jake, Cliff e a invasão asiática. E como em uma temporada de
futebol americano vemos as derrotas, vitórias, os torcedores e os competidores,
as frustrações e alegrias que acontecem na vida desses personagens e na nossa.
Já Tiffany é um personagem a parte.
Enquanto Pat é otimista, ela vem com um pessimismo e muita maquiagem uma
carranca. Com seu ódio por futebol americano e seu amor pela dança, ela vai
conquistando os leitores, que torcem por seu final feliz. Já Pat ela conquista
uma corrida por vez. Ela sempre está lá, até o dia que ele não consegui mais
imaginar a ausência dela. E essa conquista, esse sentimento em desenvolvimento
é uma das melhores coisas do mundo.
É uma daquelas leituras rápidas,
engraçadas e marcantes. Despe o seu preconceito e lhe dá a chance de repensar a
sua vida e escolhas. Analisar aquilo que é real e aquilo que é fuga. E tentar
assim como Pat ser protagonista da sua própria vida, e buscar que o final seja
feliz. Aproveitar O Lado Bom da Vida.
P.S.: Há, como disse, mudanças
significativas, mas que não atrapalham, entre filme e livro, então para quem
viu só o filme, ou só o livro, vale a pena conferir o outro. ;)
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